Olfato
Tantos e tantos cheiros passados...
Subitamente algum deles vem e me traz toda uma sensação de outra época. Hoje foi um só, não, não aquele. Um outro. Que me lembrou de algo muito mais duradouro, muito mais saudoso.
O cheiro dos primeiros meses na faculdade... faz tempo... na verdade, perfume de um cidadão que se sentava bem do meu lado nesse período, que depois não virou meu amigo, não sei se levou adiante o curso. Mas deixou o meu "cheiro de faculdade".
Só vir esse cheiro e já me vieram à mente as primeiras aulas de cálculo, a voz aguda do professor tão fascinante quanto amedrontador dizendo a frase mais ouvida durante o curso: "Prove isso!".
De repente, aquela mesma angústia que senti ao conhecer a potência do continuum... Até então, eu não sabia que algo infinito poderia ser mais infinito que outro, sem que o segundo fosse de alguma forma limitado!
E também as horas da madrugada que eu passei, de fato, tentando provar que 1 era diferente de 0, ou provar o binômio de Newton pelo "princípio da indução finita", vulgo PIF. Acho que eu realmente ignoraria a beleza de Vênus, pois nunca consegui gostar desse tal binômio. Por culpa dele, unicamente dele, minha lista de exercícios de PIF ficou incompleta!
O calhamaço do livro sempre procurado na biblioteca, "Teoria ingênua dos conjuntos" — nunca encontrado, depois xerocado de outra xerox, que sabe-se lá como foi conseguida —, na esperança (vã!) que ajudaria a entender o curso. Depois o Guidorizzi, mais emprestado da biblioteca que utilizado realmente... Hoje ainda acho que toda aquela matéria que eu tentava entender saiu unicamente da cabeça do meu professor!
Depois, a lembrança do professor que falava tão fraquinho que se alguém sentasse na segunda fileira, não conseguiria ouvir a aula. A aula e as histórias hilárias da computação na década de 60. Rs rs.
Veio-me ainda a confusão que as "fbfs" (fórmulas bem formadas) me causavam... árvores e mais árvores de fbfs!!! A apostila de capa azul, com o símbolo — que eu só entendi ao final do semestre — da Área de Matemática impressa, e aquela impressão horrível no interior, fácil de identificar como saída da gráfica da Fatec.
Saudade. Saudade até da impressão ruim. Da sala apertada. Da xerox lotada. Do bolo e da coxinha do lado da xerox. Mais ainda do pessoal que viveu comigo tudo isso. : (
Subitamente algum deles vem e me traz toda uma sensação de outra época. Hoje foi um só, não, não aquele. Um outro. Que me lembrou de algo muito mais duradouro, muito mais saudoso.
O cheiro dos primeiros meses na faculdade... faz tempo... na verdade, perfume de um cidadão que se sentava bem do meu lado nesse período, que depois não virou meu amigo, não sei se levou adiante o curso. Mas deixou o meu "cheiro de faculdade".
Só vir esse cheiro e já me vieram à mente as primeiras aulas de cálculo, a voz aguda do professor tão fascinante quanto amedrontador dizendo a frase mais ouvida durante o curso: "Prove isso!".
De repente, aquela mesma angústia que senti ao conhecer a potência do continuum... Até então, eu não sabia que algo infinito poderia ser mais infinito que outro, sem que o segundo fosse de alguma forma limitado!
E também as horas da madrugada que eu passei, de fato, tentando provar que 1 era diferente de 0, ou provar o binômio de Newton pelo "princípio da indução finita", vulgo PIF. Acho que eu realmente ignoraria a beleza de Vênus, pois nunca consegui gostar desse tal binômio. Por culpa dele, unicamente dele, minha lista de exercícios de PIF ficou incompleta!
O calhamaço do livro sempre procurado na biblioteca, "Teoria ingênua dos conjuntos" — nunca encontrado, depois xerocado de outra xerox, que sabe-se lá como foi conseguida —, na esperança (vã!) que ajudaria a entender o curso. Depois o Guidorizzi, mais emprestado da biblioteca que utilizado realmente... Hoje ainda acho que toda aquela matéria que eu tentava entender saiu unicamente da cabeça do meu professor!
Depois, a lembrança do professor que falava tão fraquinho que se alguém sentasse na segunda fileira, não conseguiria ouvir a aula. A aula e as histórias hilárias da computação na década de 60. Rs rs.
Veio-me ainda a confusão que as "fbfs" (fórmulas bem formadas) me causavam... árvores e mais árvores de fbfs!!! A apostila de capa azul, com o símbolo — que eu só entendi ao final do semestre — da Área de Matemática impressa, e aquela impressão horrível no interior, fácil de identificar como saída da gráfica da Fatec.
Saudade. Saudade até da impressão ruim. Da sala apertada. Da xerox lotada. Do bolo e da coxinha do lado da xerox. Mais ainda do pessoal que viveu comigo tudo isso. : (
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