sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Farewell!

Pois que chegamos ao penúltimo dia do ano. Sem euforia.

Já que hoje é um dia semi-perdido, pois já é quase meio-dia e estou trabalhando, resta apenas amanhã para cumprir aquela lista enorme de promessas para 2005. Terminar o trabalho de graduação, ligar para os amigos com quem não falo há não-sei-quanto-tempo, tirar carta de motorista, terminar o curso de alemão (aquele pela internet mesmo), viajar para aquele lugar lindo, praticar algum esporte.

Além das "grandes metas", ainda há amanhã para os exercícios diários que foram esquecidos ao longo do ano: acordar cedo, ter uma alimentação balanceada, não estressar com as pequenas coisas, tolerar as grandes coisas, escrever diariamente no diário (que em 2005 virou "de-vez-em-quandário").

É, vai ser um dia pequeno para tanta coisa. Mas como sei que não vai dar tempo, já estou montando a lista de promessas para 2006. Incrível como ela se parece com a de 2005, que se parecia com a de 2004, que por sinal se parecia com a lista de 2003. Antes disso eu já nem lembro mais! Mas devia ser algo parecido também.

Sempre os mesmos desejos, as mesmas promessas não cumpridas. E por que deixar sempre para o próximo ano, se tudo isso podia ser feito dia-a-dia, a partir do momento em que foi pensado? Até quando prolongar a dor, continuar empurrando a felicidade para o futuro, para o distante?
É bem verdade que o presente deprime, tem toda a carga do passado, afinal, o presente é mais próximo do passado que o futuro. Mas quanto tempo dura o presente? O futuro pode ser o próximo milésimo de segundo, então por que não me desvencilhar do passado nesse futuro tão próximo?

Agora me confundi. Não, dentro de mim eu sei o que quero dizer. Quero me separar do passado o mais rápido possível, tornar o futuro presente, mas com as qualidades do futuro, com a felicidade do futuro, sem a dor e o peso do presente!!!

Adeus 2005. Mesmo que ainda tenha um dia, adeus. "And if forever, still forever, fare thee well"*. Junto com todas as dores que me trouxe, junto com todas as ilusões, junto com os falsos sentimentos. Fare thee well.

E feliz ano novo ao possível leitor.


* trecho do poema "Fare thee well", de Lord Byron.

Marcadores: