terça-feira, 10 de julho de 2007

Olfato 2

Depois de quase uma semana privada de qualquer odor que me adentrasse as narinas, eis que finalmente consegui respirar fundo (er... nem tanto) e sentir o mundo pelo meu sentido favorito.

Desci à rua, e ao primeiro inalar, veio aquele aroma que me faz lembrar que é hora do almoço. Quantos e quantos restaurantes estariam cozinhando e servindo refeições aqui na região?

Atravessando a rua, o cheiro de gasolina vindo do posto, o cheiro da grama cujo orvalho ainda está evaporando, o cheiro da terra úmida em um canteiro na calçada. No outro quarteirão, a tapioca sendo feita naquele instante, humm, doce de leite. Huh? Querosene? Estão limpando o orelhão, seria isso?

Agradáveis ou desagradáveis, eram cheiros. Finalmente voltei a senti-los!

E nesse alegre respirar fundo (não tão fundo), voltando a investigar o mundo com meu nariz meio esfolado, eis que passa um rapaz. Não sei quem era. Mas o perfume... ah, era o perfume.

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