quarta-feira, 1 de agosto de 2007

A mesma ladainha de sempre

Abri hoje meu blogue e comecei a ler postagens passadas. Tanto as publicadas quanto as engavetadas.


Percebi nelas a mesma aura pessimista, a ironia, a escrita arrastada, o vocabulário repetitivo, os sentimentos intermitentes, a linguagem seca. Com a rara exceção de uma e outra felizes ou "piadistas".

A pouca quantidade de textos felizes não se explica por uma existência triste, não. Muito pelo contrário, como já disse aqui: tenho o péssimo hábito de pôr-me a escrever somente quando algo dói em mim.

E como o que dói normalmente é o que já passou (se bem que o porvir às vezes dói também)... resolvi mudar, abandonar esse passado que vem grudado aos meus pés, rastejando sob meu salto 15 (hehe), e que, embora não me impeça de caminhar, é um peso desnecessário que, sim, impede-me de voar.

É bem verdade que já consegui voar algumas vezes com essa joça presa aos meus pés, mas a queda veio inevitavelmente: preciso me livrar dessa tranqueira com urgência e em definitivo!

Não falarei mais dela, não pronunciarei seu nome, substituirei meus pensamentos tão logo eles venham à lembrança. Simples assim.

Há tanto para estudar, tanto para elaborar, tanto para definir, tanto para escolher... quanto tempo perco pensando no que podia ter sido, no que teria acontecido se eu tivesse falado "X" em vez de "Y", arrependendo-me de coisas que, se eu tivesse feito assim ou assado, teriam tido o mesmo resultado.

Agora tudo mudou: Libertar-me-ei!

Aliás, minhas asinhas já estão se abrindo novamente... já posso sentir (eu ia escrever "já sinto", mas aí me veio "Jacinto", que me lembrou de uma piada, que cortou todo o clima do meu texto... tsc, tsc... rsrsrsrs) ... enfim, como eu dizia... já posso sentir o vento pressionando minhas asas miúdas ainda, que pouco a pouco se desdobram para mais um vôo...

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