Aniversário
Crise pré-aniversário, crise existencial pré-aniversário, depressão pré-aniversário, tensão pré-aniversário: variantes que encontrei no Google para descrever o mesmo sentimento, aquele incômodo que alguns (ou seriam todos?) sentem às vésperas de seus aniversários. Desnecessário discutir aqui qual a denominação mais correta.
O que parece ser apenas mais uma data no calendário torna-se de repente um mar de questionamentos e reavaliações acerca da vida. Decisões tomadas que se desejaria ter mudado, tarefas inacabadas, amores perdidos, tempo perdido, tempo a vir... virá? Quanto virá?
Os dias feitos passado sem serem vistos, embora enquanto presentes não quisessem passar. Passado distante ou próximo, tanto faz: é passado. E o futuro cada vez mais curto, o fim mais próximo do que parecia há dez ou vinte anos, quase trinta.
E a vida é a mesma. Mudou o nome do trabalho, mudou a linha de ônibus, mudou o nome do fulano, mudou o nome do lugar, mudou a casa de lugar. E é tudo o mesmo. Até quando? Até o fim, certamente. Continuará tudo mudando, mudando para o mesmo de sempre.
De qualquer forma, adoro festas de aniversário, divertir-me jogando confete ao alto, encher balões multicoloridos, comemorar com bolo, brigadeiro e coxinha de frango, chapéu cônico, língua de sogra, acender velinhas. Mas nos anos dos outros. Gosto de acender velas, não de as apagar.
Fiz uma lista de pessoas quem eu gostaria de convidar para estarem comigo, escolhi algumas opções de bares. Reli a lista: "e se fulano nem se lembrar mais de mim? e se sicrano e beltrano, que não se bicam, resolvem brigar? e se fulanoutros levarem as suas fulanoutras?". E se... apaguei o rascunho do email, não reservei mesas. Porém, continuam importantes pra mim os fulanos, beltranos e sicranos. Fulanoutros também... haverá fulanoutras?
Também não encomendei bolo. Esqueci. Mas também eu não tinha escolhido um sabor. Se puder, amanhã passo na padaria. Sempre tem daqueles bolos ressecados que estão há tempos na vitrine. Combina.
Então está combinado. Amanhã.
O que parece ser apenas mais uma data no calendário torna-se de repente um mar de questionamentos e reavaliações acerca da vida. Decisões tomadas que se desejaria ter mudado, tarefas inacabadas, amores perdidos, tempo perdido, tempo a vir... virá? Quanto virá?
Os dias feitos passado sem serem vistos, embora enquanto presentes não quisessem passar. Passado distante ou próximo, tanto faz: é passado. E o futuro cada vez mais curto, o fim mais próximo do que parecia há dez ou vinte anos, quase trinta.
E a vida é a mesma. Mudou o nome do trabalho, mudou a linha de ônibus, mudou o nome do fulano, mudou o nome do lugar, mudou a casa de lugar. E é tudo o mesmo. Até quando? Até o fim, certamente. Continuará tudo mudando, mudando para o mesmo de sempre.
De qualquer forma, adoro festas de aniversário, divertir-me jogando confete ao alto, encher balões multicoloridos, comemorar com bolo, brigadeiro e coxinha de frango, chapéu cônico, língua de sogra, acender velinhas. Mas nos anos dos outros. Gosto de acender velas, não de as apagar.
Fiz uma lista de pessoas quem eu gostaria de convidar para estarem comigo, escolhi algumas opções de bares. Reli a lista: "e se fulano nem se lembrar mais de mim? e se sicrano e beltrano, que não se bicam, resolvem brigar? e se fulanoutros levarem as suas fulanoutras?". E se... apaguei o rascunho do email, não reservei mesas. Porém, continuam importantes pra mim os fulanos, beltranos e sicranos. Fulanoutros também... haverá fulanoutras?
Também não encomendei bolo. Esqueci. Mas também eu não tinha escolhido um sabor. Se puder, amanhã passo na padaria. Sempre tem daqueles bolos ressecados que estão há tempos na vitrine. Combina.
Então está combinado. Amanhã.
Marcadores: aniversário, confete, festa
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