Café
Até o dia em que dormi em um treinamento e fui salva pelo café. Desde então, o café tornou-se meu companheiro da manhã, da tarde e também da noite.
O café me impede de dormir tranquilamente, mas é ele que me mantém acordada durante o dia. Pelo café meus olhos abrem-se e se fixam.
Antes, era assim diluído: metade café, metade água. E um monte de açúcar.
O tempo passou, eu mudei. Passei a tomar o café puro. Sem qualquer grão de açúcar para tentar disfarçar o gosto amargo. Percebi que o açúcar escondia o real sabor do café e ainda deixava um leve sabor acre quando finda a doçura.
O café puro parece amargo no início. Depois, ele se adoça suavemente, à medida que a boca passa a identificá-lo. Pouco a pouco, fica um doce amargo, ou um amargo doce.
O café ensinou-me que nem só de açúcar é feita a felicidade.