segunda-feira, 31 de março de 2008

Teorema?

Detesto quando leio, releio, releio mais uma vez e, ainda assim, não entendo bulhufas.

Estou estressada. Estou caçando besteiras para fazer enquanto enrolo com a lição de casa.

Isso explica a quantidade de postagens de hoje. Mas nada explica a tal da matéria.



"Parece um teorema,
Sem ter demonstração
Parece que sempre termina
Mas não tem fim..."
Ira!, "Teorema"

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domingo, 30 de março de 2008

Sarau

Adoro ouvir meu poema preferido recitado por quem sabe o que está fazendo!
Adoro o som de cada palavra.
Adoro cada ponto, vírgula ou travessão.
Adoro ouvi-lo com toda sua dureza, toda sua poesia.

Odeio ouvi-lo com alguns versos comidos e a autoria trocada.
Odeio ouvi-lo com uma entonação "melo-romântica", sussurrada.
Odeio ouvi-lo lido como se fosse um texto qualquer.

É um poema. E meu preferido. Do meu poeta brasileiro preferido.

Passaram dias, e ainda não engoli.

M-e-u poema!!!

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No meio do caminho

Cansei. Sentei no meio do caminho e daqui não saio. Preciso de um mapa para prosseguir por qualquer trilha que seja.

Cansei de não chegar a lugar algum, cansei de andar em círculos. Cansei.

Agora, só descanso. Sem um mapa, não dou mais um passo. Não importa se eu morrer aqui, exatamente nesse ponto: se eu continuar andando, morrerei acolá.

Serei a pedra no meio do caminho.


"It seems I found the road to nowhere"
Creed, "One Last Breath"

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sexta-feira, 28 de março de 2008

Surreal II

um pássaro viaja no crepúsculo, na abóbada cor de pêssego, em seu monólogo romântico e frívolo com o cônjuge monógamo... monótono.

coníferas preenchendo de triângulos a pictórica página do semicírculo míope pouco nítido.

nômades cefalópodes de células simétricas refugiam-se no mar gélido; o tráfego náutico incomoda-os.

um simpático bêbado, trôpego, encontra uma pérola em sua pálpebra... era uma lâmpada.

ao longe, o mitológico hipopótamo áspero e herbívoro sente-se ridículo comendo nêsperas e tâmaras no árido ártico há um século.

o decrépito filósofo mínimo perde-se em um símbolo cônico, joga-se a pensar, pálido e apático, apoiando-se em seu cúbito no minúsculo cubículo em que habita.

Álvaro, do tráfico de narcóticos, arrumou um cúmplice para seu péssimo hábito.


cúmulo de textículos sem lógica causam péssimas máculas nessa ótima página: síndrome alegórica (e alcoólica?) de proparoxítonas com oráculo léxico e dicionarístico.

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quarta-feira, 26 de março de 2008

Resposta

Sim. Foi o que eu respondi, finalmente. Talvez com um movimento da cabeça, um grunhido, um verbo... mas ainda assim, sim.

Deveria ter dito não. Não, não e não, nunca. E ponto final. Não!

Mas o sim gerou outro sim, que seguiu mais um sim, outro sim, alguns "ahs" também. Milhares de sim, milhares de "ahs".

Agora continuo repetindo sim a cada pergunta sua. Até às perguntas que você só faz no meu pensamento... sim.

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