Palavras de Insônia

Estou verborrágica esses dias. Se eu tivesse algo, tanto faz se útil ou inútil, a dizer, ainda seria aceitável!! Mas estou aqui, com a ponta dos dedos coçando e a cabeça completamente vazia.

Não, nem me venha com a tão afamada monografia! Se nem no "querido diário" consegui escrever, que dirá na monografia??? Não sairia nada prestável, posso afirmar com absoluta certeza.

É realmente preocupante quando começo a abusar dos "acessórios" adjetivos e advérbios nas sentenças. Pura e descarada encheção de lingüiça. Mais uma vez a forma perfeita em detrimento do conteúdo... (ver post: http://pri-byron.blogspot.com/2005/12/ich-bin-mde.html ... não tem muito a ver, mas tem a ver...)

Li na bula do remédio: entre as possíveis reações adversas, estavam insônia e confusão mental. Seria isso??? Enfim, se eu disse, está dito. Não duvide.

Agora que eu vi... antes esse blog era mais interessante. Mas não importa. Eu também já fui mais interessante (risos). E é assim que a vida caminha.

Bom, novidades, zero. Talvez só o remédio, mais uma infecção... mas aí não é novidade! Quando é que não estou doente? Umm... até a metade da semana passada eu estava bem, foi só mudar o tempo... er... fazia um tempinho que eu não tomava antibiótico, vai.

Tá, e o meu dia, como foi? Fui dormir tarde, porque precisava tomar o remédio às 3h30 da manhã. Não dormi até lá, pois não acordo 3h30 nem que o mundo esteja desabando.

Resultado: acordei atrasada, cheguei com quase 1h de atraso para a reunião que eu havia marcado para a manhã. Não para amanhã, para a manhã. Whatever...

Ponto alto do dia: aqueles maravilhosos 20min de massagem durante o expediente... aaahhh... podia ter todo dia... não é sempre que se pode cochilar por 20min no serviço sem ser repreendido!!!

Falando nisso, exercitados os dedos, alimentada minha insônia, hora de dormir. Conseguirei finalmente dormir ou voltarei para escrever mais?

Aguardem — ou não — cenas do próximo capítulo.

Substitute

Achei que jamais te esqueceria, jamais passaria novamente uma noite sem soluçar por ti, um dia sem pronunciar teu nome...

Mas teu rosto é hoje um aceno distante, é uma despedida em que não olhei para trás.

O som de tua voz já me é estranho, o calor de teu corpo nem me lembro de como era, a pele de tuas mãos não sei como tocavam.

Percebo que tu, diluído em tantas lágrimas, não mais existes em minha memória... o que sobrou foi um sussuro em meio ao sono, que não sei se realmente houve ou se sonhei.



"Früher war ich einmal glücklich
Oder ist es Träumerei
All die strahlenden Visionen
Zerfallen doch, gehen vorbei"
L'âme Immortelle, "Dein Herz"

Sobre o post anterior...

Não, o último post não foi só ridículo! Foi também medíocre!!!

Só não apago porque também merecem ficar registrados os momentos ridículos e medíocres da vida... rs

Se fosse tudo sempre certinho, tudo sempre aplaudível, nosso orgulho seria tão grande que nos impediria de viver. Arrastaríamos todos os outros e a nós mesmos pelo nosso orgulho.

Mas precisava deixar tão público, mamma mia??? Agora já foi. Todo mundo já sabe. Está aí pra quem quiser ver.

Neste instante, o mudo e assíduo leitor deve estar rindo. Rindo de mim e de si mesmo, por ser ridículo e medíocre na mesma medida. Afinal, quem não é?

Novamente, falta de criatividade!

Quando falta a criatividade, vem uma música, ou várias músicas, ou trecho delas, que dizem algo próximo do meu momento, por sinal, patético, no sentido mais pateta possível da palavra:

"Ich schreie stumm auf zu Dir
Sag mir: kannst Du mich verstehen?"
Stumme Schreie, L'Âme Immortelle


Sim, gritantemente muda, é exatamente como estou agora:

"Wieder sprachlos, herzlich hilflos - und beschämt"
Warum so tief, Lacrimosa


Porque não tenho coragem de pedir com minha voz:

"Komm doch bitte bitte
Noch ein bisschen näher"
Träumst Du, Oomph!


Tudo isso porque:

"Du siehst mich nicht - du kennst mich nicht
Doch aus der Ferne lieb' ich Dich"
Der Morgen danach, Lacrimosa


Algo que eu gostaria de entender: por que, assim como as cartas, todos os posts apaixonados são ridículos?


"Could life ever be sane again?"
Panic, The Smiths